DevSecOps: Segurança Integrada no Ciclo de Vida do Desenvolvimento

maio 20, 2025 | por dbsnoop

dev

Aplicar segurança no final do ciclo de desenvolvimento é como revisar os freios de um carro depois que ele já entrou na pista. Funciona, às vezes. Mas falha quando mais importa.

Com pipelines cada vez mais automatizadas, infraestrutura efêmera e sistemas distribuídos rodando em múltiplas nuvens, confiar em auditorias manuais ou análises pontuais não faz mais sentido. O DevSecOps surge como uma abordagem pragmática: incluir a segurança como parte natural do desenvolvimento e da operação. Sem drama, sem etapas extras, sem paralisar a entrega.

2025: o contexto mudou — e continua mudando

Em 2025, os vetores de ataque são múltiplos. Bibliotecas de terceiros, containers, código aberto, pipelines vulneráveis, APIs mal configuradas — tudo pode ser explorado. O tempo entre a divulgação de uma CVE e a sua exploração real, por bots automatizados, já é medido em horas.

Nesse ambiente, o DevSecOps não se apoia em boas intenções. Ele depende de automações reais que detectam riscos durante o desenvolvimento. São scanners embutidos na pipeline CI/CD, validações que bloqueiam o merge de código vulnerável e políticas que controlam o acesso aos ambientes com precisão. A resposta não é mais posterior. É antecipada.

Segurança como código: política executável, versionada e rastreável

O DevSecOps não exige que todo desenvolvedor se transforme em especialista em segurança. Mas exige que o processo seja seguro por padrão.

Isso significa versionar políticas de segurança junto com o código-fonte. Significa que um commit malicioso não passa batido porque os testes estáticos e dinâmicos (SAST e DAST) estão embutidos na esteira. Significa que as permissões de acesso à base de dados ou ao storage não são configuradas via planilha, mas via código auditável.

Ferramentas como Snyk, Aqua, Checkmarx e Trivy já permitem esse tipo de integração sem gerar atrito com o time de Dev.

Integração realista: o que funciona na prática

Implementar DevSecOps com realismo significa aceitar que nem tudo será seguro desde o primeiro dia. Mas também não é preciso esperar meses para começar.

Funciona melhor assim:

  • Comece com uma ferramenta leve de análise estática no repositório (ex: Snyk ou SonarQube).
  • Configure alertas silenciosos para não travar a entrega no começo. Monitore.
  • Acompanhe os principais padrões de falhas e introduza regras de bloqueio progressivamente.
  • Automatize a correção de vulnerabilidades conhecidas em dependências (com PRs automáticos).
  • Treine o time com base em exemplos reais que aconteceram no próprio código da empresa.

DevSecOps é uma maratona curta: você começa devagar, mas precisa ganhar ritmo logo.

Métricas que importam — e que não iludem

Ao invés de perseguir relatórios com “100% de cobertura de segurança” (que muitas vezes escondem brechas), priorize métricas que indiquem resposta prática:

  • MTTR (Mean Time to Remediate): quanto tempo você leva, de verdade, para corrigir uma falha?
  • Taxa de bloqueio vs. falsos positivos: sua pipeline trava quando precisa — ou quando não deve?
  • Fluxo de exceções: como você trata o código que falha nas verificações, mas precisa ir para produção?

Essas são as perguntas que expõem maturidade. E que podem ser respondidas com dados, não com promessas.

Adoção sem dogma

O objetivo não é seguir uma cartilha DevSecOps. É reduzir riscos operacionais sem desacelerar entregas.

Se a sua stack é baseada em dados sensíveis, exposta via API, rodando em cloud, com múltiplos times fazendo deploy todos os dias, então alguma forma de DevSecOps já está acontecendo — ainda que informal. O que o artigo propõe é tornar isso visível, rastreável e, principalmente, sustentável.


Na dbsnoop, falamos muito sobre observabilidade, automação e segurança em ambientes de dados. Se você está buscando implementar práticas consistentes de DevSecOps na sua infraestrutura, acompanhe nossos artigos e veja como conectar segurança ao ciclo de vida real das suas aplicações.

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